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sábado, abril 18, 2015

Clube do filme: as virgens suicidas

    
    Eu disse que voltaria a escrever voluntariamente e retomar o ato de blogar semanalmente sobre coisas que não fossem meus desenhos, mesmo eles tomando boa parte do meu tempo ultimamente. Então, voilá, aqui estou eu, a garota com uma lista enorme de filmes e tempo livre no final de semana, sábado é oficialmente o dia do clube do filme, mesmo que esse "clube" consista apenas de uma pessoa souumfracassosocial.
    O filme que escolhi para ver neste sábado de garoa solitario foi As Virgens Suicidas, primeiro filme de Sofia Copolla, lançado em 1999. A trama gira em torno da vida de cinco belas irmãs, criadas num subúrbio por pais super-protetores na década de 70, a mãe religiosa fanática e o pai professor de matemática, exageram  nos cuidados das filhas privando-as de contato social em busca de protegê-las dos perigos do mundo, principalmente após a filha mais nova, Cecilia, tentar cometer suicídio.


    O filme se desenrola de modo delicado, trilha sonora e fotografia, nos apresentando ao mundo solitário e melancólico das meninas. Algumas partes podem soar exageradas, como a as proibições e regras impostas pelos pais, como não permitir que elas saiam com garotos ou que ouçam rock, mas muito longe de serem os vilões da história, eles fazem isso por que as amam e o filme passa isso de forma real, pois, querendo ou não, muita gente vive nesse tipo de realidade até hoje.


     Lendo comentários sobre o filme, vi muita gente que criticava a superficialidade das personagens, da relação das irmãs e suas personalidades, mas o que ninguém parece lembrar é que a história é contada pelos garotos da rua onde as meninas moravam que tanto as admiravam, e como eles mesmo dizem, pouco sabiam ou conseguiam entender sobre as cinco meninas, e o pouco que nos contam foi o que conseguiram descobrir. Acredito que as lacunas em branco da história das meninas  as tornam misteriosas, como eram vistas por todos a sua volta.
    Sofia Coppola narra o universo feminino a partir das inseguranças e descobertas femininas da adolescência e os conflitos que elas enfrentam nesse mundo solitário em que tem que viver.


    Filme melancólico, narrativa rápida e uma fotografia linda, pontinho extra pra trilha sonora com musicas dos anos setenta, atingiu as minhas expectativas e curti bastante.
Minha classificação :  (3 / 5)

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